quinta-feira, 5 de junho de 2008

O que é um neurónio?

É uma célula especializada, pertencente ao sistema nervoso, com uma forma curiosa (tem numerosos prolongamentos em forma de estrela).
Um neurónio é constituido por:
  • Corpo celular: onde se encontra o núcleo.
  • Dendrites: extenções que saem do corpo celular e que se ligam, normalmente, ao axónio de outro neurónio.
  • Axónio: extenção diferente das outras, que sai do corpo caloso. É a maior que todas as outras extenções e, na maioria dos casos, está revestido por uma baínha mielínica que o protege.

Como funcionam os neurónios?

Os neurónios informam o cérebro e transmitem as suas ordens aos músculos através da corrente nervosa (impulso nervoso) que circula entre eles.

A transmissão dos impulsos nervosos gera um influxo nervoso.

Os neurónios comunicam entre si através das sinapses.

Lobos Cerebrais

No cérebro humano existem quatro regiões, ou lobos cerebrais, separados por fissuras:
  • Lobo temporal: cuja zona superior recebe e processa a informação auditiva. As áreas assossiadas a este lobo estão envolvidas no reconhecimento, identificação e nomeação dos objectos.
  • Lobo frontal: é o córtex motor primário associado ao movimento de mãos e da face. Esta área "encarrega-se" da "superioridade humana" pois é responsável pela reflexão, pensamento, imaginação, atenção, planeamento, previsão, etc.
  • Lobo parietal: é o córtex somato-sensorial primário, é a parte do cérebro responsável pelas sensações do corpo e pela reacção a estímulos mais complexos.
  • Lobo occipital: recebe e processa a informação visual. É responsável pela interpretação do mundo visual e do transporte da experiência visual para a fala.

Estruturas do cérebro

Pode-se distinguir várias zonas principais no cérebro: o sistema límbico, corpo caloso, tálamo, córtex cerebral, espinal medula, hipófise, bolbo raquidiano e cerebelo.
  • Sistema límbico: é constituido por: hipocampo (parte do sistema límbico que está ligado à memória), septo, amigdala (parte do sistema límbico que está ligado à emoção) e bolbo olfactivo. É o responsável pelas emoções, motivação e comportamento agressivo.

  • Corpo caloso: feixe de fibras nervosas que liga os dois hemisférios cerebrais.

  • Tálamo: é a zona onde chegam a maioria das fibras sensitivas e é onde as informações sensoriais são retransmitidas para as respectivas áreas do córtex cerebral.

  • Córtex cerebral: centro mais importante de controlo e processamento da informação.

  • Espinal medula: controla os reflexos simpes e conduz mensagens do e para o cérebro.

  • Hipotálamo: controla os comportamentos emotivos e motivados e contribui na acção do sistema endócrino. Desempenha um papel fundamental na regulação da temperatura do corpo, da fome, da sede, do comportamento sexual e na circulação sanguinea .

  • Hipófise: Principal glândula endócrina. Coordena e controla todo o funcionamento do sistema glandular.

  • Bolbo raquidiano: controla os ritmos cardiacos e respiratório. É o local por onde passam os nervos que ligam a medula ao cérebro. Esta região também influencia o sono e a tosse.

  • Cerebelo: coordena os movimentos voluntários e o equilibrio. Esta zona recebe ordens do cérebro sobre os músculos e "ajusta-as" para uma melhor acção motora.

Os dois hemisférios

O cérebro humano está dividido em duas metades: o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo.
Embora os hemisférios cerebrais tenham uma estrutura simétrica, ambos com os dois lóbulos que emergem do tronco cerebral e com áreas sensoriais e motoras, certas funções intelectuais são desempenhadas por um único hemisfério. Geralmente, o hemisfério dominante de uma pessoa ocupa-se da linguagem e das operações lógicas, enquanto que o outro hemisfério controla as emoções e as capacidades artísticas e espaciais.
(o hemisfério esquerdo pensa : 2+2=4
o hemisfério direito pensa: 2+2= doi patos a nadar no lago)

A metade esquerda do cérebro comanda o lado direito do corpo, e a metade direita do cérebro comanda o lado esquerdo do corpo.

Cada hemisfério é constituído por uma camada de substância branca e outra de substância cinzenta ou córtex cerebral.

A substância cinzenta, que corresponde aos centros nervosos, tem um aspecto acinzentado devido aos corpos celulares dos neurónios que a constituem. A substância branca, correspondente às vias nervosas, é formada pelas “caudas” dos neurónios (axónios). Os axónios, como vimos já, ligam as células entre si e também as ligam a outras partes do encéfalo.

Não obstante as suas funções distintas, o pensamento e o movimento do corpo só é possível através de um trabalho de coordenação e complementaridade entre os dois hemisférios, conectados entre si por uma região denominada corpo caloso.

O Cérebro

O controlo que visa o normal funcionamento das estruturas fisiológicas do organismo dos seres vivos está a cargo do sistema nervoso. Uma das principais tendências evolutivas que se observa na organização do sistema nervoso dos vertebrados é a crescente centralização desse controlo num centro de processamento dominante, o cérebro, que alcança a sua maior complexidade no Homo Sapiens.
O cérebro é um órgão do sistema nervoso central situado no interior da caixa craniana de diversos animais vertebrados, dentre eles o ser humano.
Divide-se em hemisférios cerebrais e estruturas intra-hemisféricas, cujas actividades possuem funções distintas.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Sistema Nervoso

Breve introdução

O sistema nervoso é, juntamente com o endócrino e com o imunitário, um dos três sistemas encarregados da coordenação das actividades do corpo.
É ele que nos relaciona com tudo o que nos rodeia: recebe as mensagens do exterior, elabora as respostas e dá as ordens oportunas a fim de que os músculos ou os órgãos actuem conforme convenha. Divide-se em duas partes: sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). O primeiro é formado pelo encéfalo (constituído pelo cérebro, pelo cerebelo e pelo tronco encefálico) e pela espinal-medula, enquanto que o segundo é composto pelos restantes nervos que se encontram distribuídos pelo corpo.

Desenvolvimento do sistema nervoso

O sistema nervoso central tem origem embrionária na placa neural, uma parte especializada da ectoderme (tecido embrionário que também origina os órgãos sensoriais e a epiderme). Durante o desenvolvimento embrionário, a placa neural dobra-se, formando o tubo neural.
No primeiro mês da gravidez, o embrião mede apenas um centímetro de comprimento, mas já é observável o tubo neural que dará lugar ao cérebro e á medula. Nesta fase, começam-se já a formar as três principais áreas do cérebro na frente do tubo neural: o prosencéfalo, o mensencéfalo e o rombencéfalo. Estas três áreas dividem-se novamente na sétima semana de desenvolvimento, num processo chamado encefalização.
O cérebro vai crescendo a um ritmo impressionante durante o seu desenvolvimento. O seu tamanho aumenta de forma rápida entre os dois e quatro meses, em que são adicionados 250 mil novos neurónios (células do sistema nervoso) por minuto. No nascimento, o cérebro já possui a maioria dos neurónios definitivos (cerca de 125 mil milhões) e continua a crescer por alguns anos. De tal modo que o cérebro dos bebés recém nascidos pesa 25% e dos bebés de dois anos pesa 75% do peso final do cérebro. No adulto, este órgão pode ter cerca de 12 biliões de neurónios.

Sinapses

Resultado da interacção entre o que é herdado e os estímulos do ambiente, o primeiro ano de vida é o mais importante. Nele dá-se o florescimento das células da glia (que são estruturas de sustentação e nutrição dos neurónios) e o aumento do número de conexões entre os neurónios, as sinapses.
Quanto mais actividades sensoriais forem executadas, maior é o número de sinapses desenvolvidas. A criança atinge seu número máximo aos oito meses de idade, 100 triliões. Quando uma habilidade não é utilizada, a sinapse correspondente tende a desaparecer. A estimulação é, por conseguinte, uma arma poderosa para o bom desenvolvimento do cérebro. Porém tudo tem o seu tempo certo e um limite. O desenvolvimento infantil só será normal e sadio se acontecer gradualmente.

Pequena introdução

Já alguma vez pensaram na quantidade de coisas que podem fazer?
Por exemplo:
Porque só saltam quando querem saltar?
A resposta está no facto de que a vossa vontade reside no vosso cérebro que tem a capacidade de transmitir a ordem de “saltar” aos músculos aos músculos que vos impelem para cima.