quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Sistema Nervoso

Breve introdução

O sistema nervoso é, juntamente com o endócrino e com o imunitário, um dos três sistemas encarregados da coordenação das actividades do corpo.
É ele que nos relaciona com tudo o que nos rodeia: recebe as mensagens do exterior, elabora as respostas e dá as ordens oportunas a fim de que os músculos ou os órgãos actuem conforme convenha. Divide-se em duas partes: sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). O primeiro é formado pelo encéfalo (constituído pelo cérebro, pelo cerebelo e pelo tronco encefálico) e pela espinal-medula, enquanto que o segundo é composto pelos restantes nervos que se encontram distribuídos pelo corpo.

Desenvolvimento do sistema nervoso

O sistema nervoso central tem origem embrionária na placa neural, uma parte especializada da ectoderme (tecido embrionário que também origina os órgãos sensoriais e a epiderme). Durante o desenvolvimento embrionário, a placa neural dobra-se, formando o tubo neural.
No primeiro mês da gravidez, o embrião mede apenas um centímetro de comprimento, mas já é observável o tubo neural que dará lugar ao cérebro e á medula. Nesta fase, começam-se já a formar as três principais áreas do cérebro na frente do tubo neural: o prosencéfalo, o mensencéfalo e o rombencéfalo. Estas três áreas dividem-se novamente na sétima semana de desenvolvimento, num processo chamado encefalização.
O cérebro vai crescendo a um ritmo impressionante durante o seu desenvolvimento. O seu tamanho aumenta de forma rápida entre os dois e quatro meses, em que são adicionados 250 mil novos neurónios (células do sistema nervoso) por minuto. No nascimento, o cérebro já possui a maioria dos neurónios definitivos (cerca de 125 mil milhões) e continua a crescer por alguns anos. De tal modo que o cérebro dos bebés recém nascidos pesa 25% e dos bebés de dois anos pesa 75% do peso final do cérebro. No adulto, este órgão pode ter cerca de 12 biliões de neurónios.

Sinapses

Resultado da interacção entre o que é herdado e os estímulos do ambiente, o primeiro ano de vida é o mais importante. Nele dá-se o florescimento das células da glia (que são estruturas de sustentação e nutrição dos neurónios) e o aumento do número de conexões entre os neurónios, as sinapses.
Quanto mais actividades sensoriais forem executadas, maior é o número de sinapses desenvolvidas. A criança atinge seu número máximo aos oito meses de idade, 100 triliões. Quando uma habilidade não é utilizada, a sinapse correspondente tende a desaparecer. A estimulação é, por conseguinte, uma arma poderosa para o bom desenvolvimento do cérebro. Porém tudo tem o seu tempo certo e um limite. O desenvolvimento infantil só será normal e sadio se acontecer gradualmente.

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